Numa perspectiva tradicional da Educação, o movimento de avaliação é uma preocupação dos sistemas de ensino, das escolas, dos pais e dos alunos. Equivocadamente, “a nota” é o centro das atenções e é compreendida como a referência:
a) Da ideologia que sustenta esta tendência: educação no sentido do macro, do acúmulo de saberes, dos conteúdos descolados da realidade, das provas desconectadas com o processo de aprendizagem. “Medir” o que o aluno “devolve” ao final do mês ou bimestre;
b) Dos índices de aprovação / retenção: apresentam manipulação do processo de ensino;
c) Do desempenho do aluno: no início do ano letivo de um curso, a preocupação central não é com “o que vou aprender” ou “como vou aprender”, mas sim “como ser aprovado?”;
As reuniões de pais e mestres demonstram claramente este tripé: os pais dos alunos de desempenho satisfatório participavam pouco destes momentos, já que o centro das reflexões era o grupo de alunos que não davam conta do padrão mínimo das notas. Admite-se este posicionamento como uma leitura ingênua do processo de aprendizagem.
O professor tratava a avaliação como forma de “provar” que o aluno nada sabia. Sua vaidade era evidenciada no momento em que percebia alto índice de notas abaixo da média. Significava sua competência, sinal de “status”.
Os famosos “pontos a mais” nada representavam sobre o aprender: “Um ponto a mais na média para quem trouxer amanhã o material completo para a aula de Ciências”. Pelo contrário, deixavam bastante claro uma perspectiva de condicionamento, de comportamento controlado dos alunos.
As ameaças demonstravam o uso da avaliação como “disciplinamento social”, ou seja, através do medo eu (professor) “garanto” a eficácia do processo de aprendizagem – meus alunos irão estudar com medo da retenção. Medo este encarado como controle social: gera va posturas de submissão forçadas, aceitação.
Para saber mais:
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2008.
Olá Profa !
Muito bom tema !
Os professores deveriam ter essa percepção em relação a uma ” avaliação “….
Muitos realmente as usam para rebaixar o aluno e se sentir bem, COM O SEU EGOCENTRISMO…..
Abraços,
Monica, o importante é formar bem aqueles que pretendem adentrar ao magistério.
Tenho certeza que você saberá se utilizar da avaliação numa perspectiva de diagnóstico do
aluno e de sua própria metodologia.
Obrigada pela parceria de sempre! É bom saber que o blog é objeto de reflexão de pessoas
dedicadas como você.
Beijo.
E aí Wal, vou aparecer por aqui, pra ver se me animo mais na sala!!!!
Beijos
Carol, apareça mesmo!
Estou com saudades.
Vi seu blog. Tá uma graça, quero uma bolsa de patinhas… rsrs
Venha à minha casa. Vamos combinar.
Beijo.