A dinâmica da CNV está pautada em quatro componentes, relacionados abaixo:
- Observação
A observação é o primeiro ponto para a imersão nesta abordagem. Não se trata de uma observação corriqueira, mas sim, daquela que seja desprendida de juízo de valor: observar sem julgar é sua primeira premissa. O que alguém diz ou faz a nós necessita de uma devolutiva objetiva, ou seja, a comunicação se aquela “mensagem”, de alguma forma, foi ou não do nosso agrado.
- Sentimento
O segundo momento trata da identificação de como nos sentimos ao observar aquela ação, que impacto ela nos causa.
- Necessidades
Agora, Rosenberg nos direciona sobre o reconhecimento de quais necessidades podem estar associadas a esse sentimento sobressaltado.
- Pedido
Esta etapa indica especificidade no que se deseja do outro, um pedido objetivo, uma ação que preconize o enriquecimento de nossas vidas.
Para compreender melhor: a mãe de um adolescente, ao observar suas roupas deixadas pela casa, lhe diz: – Pedro, quando observo suas roupas fora do local adequado (limpas no quarto e sujas no cesto), fico irritada, porque perco muito tempo na organização da casa. Preciso de mais ordem no espaço que compartilhamos.
Esta é a primeira parte da CNV, expressar de maneira objetiva o que nos é emergente. A segunda parte, trata da maneira pela qual recebemos esses quatro componentes do outro. O autor considera que a interdependência desses dois elementos será decisiva para se estabelecer “um fluxo de comunicação dos dois lados”[1].
Para saber mais:
A girafa é considerada símbolo da CNV por conta de suas características – possui o maior coração (órgão) entre os mamíferos terrestres e seu longo pescoço proporciona visão panorâmica, mais abrangente sobre a realidade.
[1] ROSENBERG, 2006, p. 26.