Enquete!

Sobre Walkiria Roque

Carreira desenvolvida na área de Gestão Educacional. Profissional com mais de 20 anos de atuação na liderança e gerenciamento de ensino. Vivência em diversos níveis de ensino, atuando como docente, diretora, coordenadora e supervisora, conduzindo atividades administrativas e pedagógicas. Ampla experiência na liderança e formação de coordenadores e gestores educacionais, desenvolvendo e capacitando o corpo docente, promovendo modelos de aprendizado acolhedores e auxiliando instituições a alcançar excelência educacional.
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Uma resposta para Enquete!

  1. Arnaldo disse:

    Penso que a resposta pode ser mais complexa do que “é um exercício necessário para que a aula tenha qualidade”, embora eu tenha votado “sim” na enquete. Pelo sistema convencional de ensino, que expõe todos os alunos ao mesmo conteúdo, da mesma forma e com exigência de prazos, a diversificação metodológica — que, no meu entender, é sempre vinculada à natureza do conteúdo — não apenas fica restringida, como pode ser ineficaz em certos casos.

    Problemas de motivação dos alunos e sua pouca bagagem prévia do assunto tratado em aula têm-me obrigado a fazer opções pelo conteúdo, quase sempre a contra-gosto. Acabo por optar pelo pragmatismo: para não perder os alunos mais interessados e tentar mantê-los motivados, faço comentários excepcionais, de uns poucos minutos, ao complementar alguma explicação, e insiro alguns exercícios extras, de maior dificuldade conceitual ou operacional. Como previsto, somente aqueles poucos procuram resolver os desafios.

    Creio que o ponto é exatamente este: há alunos que conseguem ver o conteúdo como desafio, como descoberta; enfim, como algo que tem valor em si mesmo. Vêem o conteúdo exatamente como nós professores o víamos — e ainda vemos. Sem querer definir terminantemente a relevância da diversificação de forma, e admitindo forçar um pouco a generalização, pergunto-me se não estaríamos apenas mostrando algumas aplicações simplistas do conteúdo, algo que, ao fim e ao cabo, beneficia de fato apenas os interessados, por entenderem que outras abordagens são complementares, não vias únicas.

    Minha aposta é que a real barreira ao aprendizado não se resume à forma do que se aprende, mas ao entendimento do possível proveito da matéria. Caberia, assim, um caminho duplo: primeiro, a opção pela forma (metodologia) que possa ressaltar a abrangência do conteúdo, sua profundidade, aplicações e conexões com outras áreas, e não apenas mostrar variações facilitadoras; segundo, a valorização radical do conhecimento, de modo a tornar parte da cultura a necessidade de saber.

    As implicações imediatas desta conjectura são: 1. o professor tem de adquirir cultura continuamente, além de dominar solidamente sua área de conhecimento; 2. o aprendizado não se faz só em aula, pois depende de uma determinação cultural que valoriza o saber, proveniente de todos os ambientes que o estudante frequenta.

    As políticas públicas educacionais têm prometido dar conta do primeiro aspecto, melhorando o salário dos professores e dando-lhes mais oportunidades de estudo. Se formos otimistas e admitirmos que isso se dará de modo minimamente razoável, ainda nos resta mostrar aos jovens que todo conhecimento tem um valor. Deixo em aberto a proposta de como fazer isso.

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